16/10/2020 16h39

Ciclo de debates virtuais terá enfrentamento ao trabalho infantil rural como foco

A Setades concentrará esforços nos municípios mais afetados por essa prática.

O desafio de erradicar o trabalho infantil rural no Espírito Santo é complexo e precisa ser compreendido em sua profundidade. Pensando nisso, a Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades), por meio da equipe responsável pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), promoverá o 2º Ciclo de Debates “O trabalho infantil agrícola: desafios, propostas e relatos de boas práticas para seu enfrentamento”.

Esse novo encontro contará com as presenças do coordenador Nacional de Medidas Socioeducativas e Programas Intersetoriais (PETI) do Ministério da Cidadania, Francisco C. Xavier, da procuradora do Trabalho,  Drª Thaís Borges da Silva, além de representantes de 32 municípios capixabas que apresentam índices mais elevados dessa prática.

O evento on-line acontecerá no próximo dia 26 de outubro, às 14 horas, e tem público-alvo formado por técnicos das redes de apoio municipais.

Abordagem delicada

Segundo o Censo Agropecuário Florestal e Agrícola de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram identificados, aproximadamente, 6.100 casos de crianças e adolescentes trabalhando no setor agrícola do Estado. Ainda de acordo com o censo, o trabalho infantil em atividades rurais é bastante diversificado e heterogêneo. As crianças e adolescentes podem tanto estar inseridos em atividades da agricultura familiar quanto prestarem serviço para produtores com quem não têm parentesco. Esses trabalhos são geralmente extenuantes, ao sol e expõem crianças e adolescentes a agravos de saúde, prejuízo de seu crescimento, ao comprometimento do rendimento escolar e até mesmo evasão escolar.

Para Lilian Mota Pereira, responsável pela Gerência de Proteção Social Especial, setor que coordena as ações do PETI, “a dimensão cultural do trabalho no campo é complexa e desafiadora para a atuação das equipes dos municípios, principalmente em comunidades tradicionais, onde o cuidado com a terra e os animais faz parte da transmissão geracional de conhecimento e identidade das famílias”. 

Para fazer frente a tal complexidade, a promoção de debates é de extrema importância, para levar informações às equipes municipais e fortalecer o trabalho intersetorial e em rede nos territórios. A conscientização das comunidades e o enfrentamento institucional ao trabalho infantil rural precisa acontecer com cuidado, já que se trata de uma prática bem internalizada.

Informações à Imprensa:
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Samyra Lobino
(27) 3636-6803
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