28/07/2014 07h00 - Atualizado em 19/08/2015 10h16

Encontro debate em Vitória a participação da Mulher Negra na sociedade brasileira

Mais de 100 mulheres estiveram reunidas no último final de semana no Hotel Canto do Sol para discutirem o papel da mulher negra na sociedade brasileira.

O Encontro Estadual de Mulheres Negras teve inicio no último dia 25 com o
objetivo promover o compartilhamento de ideias, análises e reflexões de experiências vividas por esta parcela da população em debates que abordaram os temas: a democracia e os avanços sociais, a ruptura dos estereótipos e a invisibilidade das mulheres negras na educação, cultura e comunicação, os desafios do mercado de trabalho, desenvolvimento e igualdade, o fim da violência e da intolerância e a superação do racismo institucional.

A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Nilda Sartorio, destacou a importância de um espaço de debate para a mulher negra, grupo populacional que traz duas lutas: gênero e raça. “A luta é árdua e diária, dia pós dia buscando respeito e espaço na sociedade. É fato que temos avanços conquistados e seguimos nesta direção, com políticas afirmativas, com debates consolidados, com o plantio de sementes que aos poucos vão dando frutos. Mas ainda há muito a ser feito, para isso é preciso persistência e determinação, porque o racismo existe latente, mas as mulheres negras são fortes, e sabem onde querem chegar.” Declarou Nilda.

O Encontro atende a uma demanda da III Conferência Nacional de Políticas para Mulheres que orienta a realização de debates organizados de temas como o racismo, o sexismo e a lesbofobia, além de refletir sobre o dia 25 de julho, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Durante a abertura foi lançada a Marcha Nacional de Mulheres Negras que acontecerá em 2015 em Brasília com objetivo de reivindicar o fim do racismo e da violência e pelo bem viver.

Para a secretária Nacional de Mulheres da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), Adriana da Silva, a luta também se faz pela representação nos poderes. “Buscamos cotidianamente importantes propostas, pontuações em âmbito nacional para que possamos seguir na conquista de nossos espaços, ocupando lugares de destaque nos ambientes de trabalho.” Afirmou Adriana.

De acordo com o censo 2010, no Espírito Santo existem mais de 1 milhão de mulheres negras entre pretas e pardas, público que ainda hoje sofre com a exclusão e a descriminação racial e de gênero.

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