O Governo do Estado realiza, nos próximos dias, a campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que busca conscientizar a população capixaba quanto à violência sofrida pelas mulheres.

Esta mobilização é realizada em diversos países entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro, com o intuito de dar mais atenção ao enfrentamento à violência contra as mulheres, ampliando a visibilidade e o debate sobre esse tema.

No Espírito Santo, diversas atividades estão programadas, como palestras, inauguração de espaço infantil em Delegacias Especializadas do Atendimento à Mulher, audiência pública, a Conferência Estadual de Políticas para Mulheres e a Conferência Estadual de Políticas Públicas de Direitos Humanos. Além disso, a temática também será abordada em atividades em escolas da rede estadual, e com as detentas das unidades prisionais femininas do estado.

Nesta sexta-feira (20), o secretário de Segurança e Defesa Social, André Garcia, inicia as atividades dos 16 dias ministrando a palestra “Fiscalização do cumprimento das MPUS (medidas protetivas de urgências): Desafio ou missão do Estado", às 13h30, durante a VII Capacitação da Lei Maria da Penha, que será realizada no auditório do Ministério Público do Espírito Santo.

A secretária de Assistência Social e Políticas para Mulheres, Sueli Vidigal, ressalta as iniciativas do Estado na prevenção e proteção da mulher, e a importância desse movimento, articulado de forma integrada no Governo.

“Todas as mulheres têm direito a uma vida sem violência, e o Governo do Estado está agindo para garantir, através de programas e políticas das diversas secretarias, que cada vez mais todas tenham seus direitos garantidos. Essa ação conjunta quer alcançar familiares e amigos das mulheres para que sejam apoio necessário, denunciando situações de ameaças, dar visibilidade a essa questão, contribuir para o empoderamento da mulher, e assim, fortalecer as ações de enfrentamento à violência contra a mulher”.

16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher

Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, uma instituição norte americana, iniciaram a campanha. O Centro, fundado pela feminista Charlotte Bunch, em 1989, atua no desenvolvimento de programas para preparar as mulheres para liderança.

No Brasil, a campanha tem início no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, pelo reconhecimento histórico da opressão e discriminação contra a população negra e, especialmente, às mulheres negras brasileiras que têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social.

As atividades passam pelo dia 25 de novembro, Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, e termina no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. A intenção é estabelecer um elo simbólico entre violência contra as mulheres e direitos humanos, enfatizando o fortalecimento da autoestima da mulher e seu empoderamento como condições para romper com as situações de violência.